#153 - AOL News, os benefícios das Leis Dominicais nos EUA eram "tão grandes" que a Suprema Corte as manteve, defendendo os direitos dos cidadãos a um dia de descanso!

A AOL é um provedor americano de serviços on-line e portal de notícias que fornece notícias nos EUA e em todo o mundo. Em 31 de dezembro de 2023, a AOL News acrescentou sua voz a uma lista crescente de proponentes que pedem o retorno das leis dominicais nos Estados Unidos. Em um artigo chamado "Church as Resistance" (Igreja como Resistência), a AOL News argumentou que as leis azuis contribuíam para o bem-estar dos indivíduos e da sociedade e conclamou as igrejas a "recuperar" o "papel único" que o domingo desempenhava em nossa cultura.

O artigo dizia, em parte:

- "Como mãe de três adolescentes, muitas vezes me pego tentando persuadi-los de coisas que as gerações anteriores consideravam certas. Mais recentemente, tenho tentado convencer meu filho de 17 anos sobre o valor de ir à igreja no domingo de manhã." [1]

- "E embora os pais possam contar com o Estado para impor a frequência escolar, estamos por nossa conta quando se trata da igreja." [1]

- "Até hoje, a frequência continua sendo maior entre aqueles que desfrutam de estabilidade social e financeira. Mesmo assim, ela está diminuindo em todos os setores, e o domingo de manhã é cada vez mais usado para colocar em dia todas as coisas que perdemos durante a semana: café da manhã farto, compras no supermercado, projetos de reforma da casa, visitas a amigos e talvez até uma corrida." [1]

- "De maneira semelhante, as "leis azuis" (EF: ou Leis nos EUA obrigando o descanso dominical) protegiam os trabalhadores comerciais restringindo as vendas no varejo e as atividades recreativas no domingo. O benefício de tais leis era tão grande que a Suprema Corte as manteve em McGowan v. Maryland (1961), apesar do fato de estarem originalmente ligadas à observância religiosa. A Suprema Corte não apenas considerou que elas não violavam a cláusula de estabelecimento, mas também que protegiam os trabalhadores ao proporcionar "um dia de descanso uniforme para todos os cidadãos". [1]

- "Não, ir à igreja não é apenas mais uma atividade. É uma forma de resistência em uma cultura que não conhece limites. É uma barragem contra as águas agitadas da produtividade que, de outra forma, engoliria cada grama disponível de tempo, energia e emoção." [1]

- "As igrejas, portanto, devem se lembrar e reivindicar o papel único que desempenham como postos avançados de graça em um mundo cada vez mais exigente. Elas devem guardar a manhã de domingo como um lugar de refúgio, admiração e presença. Um lugar onde podemos experimentar o milagroso porque finalmente paramos por tempo suficiente para nos abrirmos para ele." [1]

- "Com a virada do calendário e a reflexão sobre a vida que queremos viver em 2024, deixe-me convidá-lo a se juntar a mim e ao meu filho relutante no banco da igreja. Talvez este seja o ano em que você criará um espaço para uma dose semanal de admiração, beleza e graça. Talvez este seja o ano em que você se sentirá mais confortável em ficar quieto e não fazer nada. Ou, se não houver mais nada, talvez este seja o ano em que você irá à igreja como uma forma simples e calculada (se não for adolescente) de dar uma lição no homem." [1]

Não deve haver muita dúvida sobre o que está sendo dito aqui. Esse é um chamado para designar o domingo como um dia de descanso a fim de proporcionar às pessoas uma pausa coletiva das demandas da vida moderna. Em um mundo secular cada vez mais acelerado, muitas pessoas estão dizendo que podemos, de alguma forma, melhorar a coesão familiar, a saúde mental, a estabilidade social, o lazer e a espiritualidade reservando o domingo para descanso e adoração. Embora isso possa parecer bom à primeira vista, os puritanos usaram leis azuis durante a era colonial para impor a tirania e fazer cumprir a estrita observância do domingo.

Devido ao seu intenso zelo religioso, os colonos do início da América interpretaram as Escrituras para exigir o descanso dominical por lei, com penalidades para o não cumprimento. Eles achavam que a aplicação das leis azuis era sua obrigação religiosa para proteger nossa moral. Infelizmente, os grupos minoritários foram submetidos à humilhação pública, à perseguição e à supressão como resultado da intolerância demonstrada em relação às opiniões divergentes. As leis dominicais eram aplicadas como resultado da fusão da autoridade religiosa e civil, o que restringia as liberdades dos indivíduos que tinham crenças diferentes.

A AOL News está basicamente defendendo um retorno à década de 1630, quando qualquer pessoa que discordasse da autoridade espiritual em questões de fé corria o risco de sofrer repercussões legais. Devemos desafiar qualquer tentativa de vincular a Igreja e o Estado, pedindo a separação completa das autoridades civis e religiosas. A liberdade religiosa e a tolerância são incompatíveis com formas teocráticas de governo. É teologia ruim e política ainda mais perigosa quando são feitas exigências para que o governo imponha a doutrina da igreja. Quando isso acontecer, marcará o fim da prática de longa data de nossa nação de oferecer um porto seguro para as pessoas que fogem da perseguição religiosa.

Fontes

[1] https://www.aol.com/news/church-resistance-074300968.html

www.eventosfinais.com

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